21 janeiro, 2009

Auto-aceitação, por Konstantinos D. Stavropoulos






A auto-aceitação é essencial para nossa felicidade. Quanto mais nos
aceitamos menos nos ofendemos, aceitamos mais os outros, precisamos menos
que os outros nos aceite. Ficamos num estado amoroso, que é o melhor estado
mental que podemos estar.
Quanto menos me aceito mais eu preciso da aceitação dos outros, me ofendo
com facilidade, não aceito os outros, fico sempre criticando os outros.

Acontece que 99,9% das pessoas não se aceitam muito. Estão sempre
procurando a aceitação do outro. Quando encontramos alguém que está no
estado amoroso (que tem grande auto-aceitação) somos atraídos a esta
pessoa, pois se ela nos aceitar fica mais fácil nós nos aceitarmos.
Enquanto não nos aceitamos vivemos “implorando” para o outro nos aceitar. E
qualquer crítica nos magoa muito.

Auto-aceitação significa aceitar quem eu sou, com minhas qualidades e
limitações. Permito que o outro me veja como sou, não preciso me esconder.
Posso ser autêntico. Como sabemos se uma flor é de verdade ou de plástico?
Se tiver “defeito” é de verdade, caso contrário é de plástico.

À medida que observo e reflito sobre meus pensamentos e sentimentos, vou me
conhecendo e possivelmente aumentando minha auto-aceitação e
conseqüentemente me sentindo mais amoroso, mais feliz, mais capaz de ajudar os outros.

Sentir raiva, ressentimento é um estado oposto ao amoroso, não é nada
agradável. Todos passamos por momentos de ressentimento e raiva e
podemos ter empatia e compaixão por aqueles que estão vivenciando este
estado. Aceitar que somos humanos, que de vez em quando ficamos com
raiva já é um passo importante no caminho da auto-aceitação.

Fatores que impedem a auto-aceitação são:
1. se achar muito importante;
2. inveja;
3. ser rude, rejeitar os outros.

Vinícius de Moraes disse, em uma de suas músicas: “A vida é a arte do
encontro, se bem que haja tanto desencontro.” Este encontro verdadeiro só
existe quando estamos no estado amoroso.

Quando estamos no estado amoroso, consideramos o outro como amigo, há um
sentimento de “encontro” real, nosso isolamento desaparece, tratamos o
outro com carinho, queremos o bem estar e a felicidade do outro, ficamos
felizes com o sucesso do outro. E isto é muito bom para nós mesmos


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