24 dezembro, 2010

O Natal, as palavras, o silêncio, os vivos e os mortos: Bençãos de LUZ para todos








O Natal pede palavras
de encorajamento, de confraternização.
Pede saudações afetivas e afetuosas
aos que amamos e queremos bem.
Pede retorno das esperanças e solicita
a volta dos sonhos (quase) perdidos.

O Natal pede palavras de carinho, de amor...
que sejam verdadeiras e que brotem do
íntimo dos corações e mentes sintonizados
com as energias de paz, fraternidade e igualdade.

O Natal também pede liberdade e autenticidade, pois o aniversariante, 
um herege maravilhoso que ousou levantar sua voz contra as injustiças
(até hoje) vigentes em sua época,  fez-se ouvir naquilo que ele teve de diferença
e de semelhança com os seus contemporâneos.
Ele não teve medos ao derrubar as mercadorias dos vendedores 
e de expulsá-los do templo em Jerusalém. 
Também não teve medos em reconhecer-se divino e dizer-se filho de um mesmo Pai.
Um Pai comum a toda a humanidade.

O Natal também pede silêncio.
Um silêncio reflexivo, imanente com os diálogos próprio e com o dos outros.
Pede um silêncio sem palavras e sem desejos.
Pede um silêncio de paz.
Paz consigo.
Paz com o outro.
Paz com a natureza.
Paz com a divindade (se nela se acredita).

O Natal pede que aceitemos a Vida e a Morte,
pois que delas nada podemos, a não ser vivê-las.

Viver a morte?
Sim a nossa, a dos outros... que é diária.
Morte de desejos (que se esgotam),
morte de idéias, afetos, expectativas... enfim...
E pede à vida que se faça viva.

A você que está lendo essas linhas,
o meu desejo de que encontre mais de si
nas palavras e no silêncio que você se proporcionará
nesse Natal e que esse Natal lhe proporcionará.

Aos meus mortos* e aos meus vivos
um beijo
um forte, 
grande 
e apertado 
abraço:
FELIZ NATAL !!!


*mortos fisicamente, no corpo físico
*mortos pela distância e pelo fim da relação, 
mas vivos no corpo E na minha memória

2 comentários:

Kátia disse...

Sim, o Natal nos pede tudo isso. Não há som mais apaziguador, mais intimista, mais aconchegante, mais nobre do que o silêncio. Falo, isto é, falamos do silêncio que cala a mente e não somente a boca. Aquele silêncio em que ouvimos a voz de Deus.

Com a mente quieta, deixando os pensamentos fluirem (os bons, ruins, saudosos... Não importa quais), fortes desdobramentos são produzidos dentro de nós. Ao permitir que os pensamentos passem, conseguimos enxergá-los de maneira clara e simples. Coração apaziguado!!! Nesse momento, sente-se Deus oferecendo o caminho da LUZ e cabe a nós não perder tempo com a escuridão.

Nas minhas silenciosas preces de Natal, Cesar querido, agradeci muito pela força abençoada que tantas vezes tenho, por minhas conquistas, perseveranças... pelos que já não estão fisicamente perto de mim. Também pedi a Deus para abençoar, cada vez mais, sua vida, seu trabalho, seus familiares e, ló-gi-co, esse blog.

.

Cerikky.. Cesar Ricardo Koefender disse...

" Ao permitir que os pensamentos passem, conseguimos enxergá-los de maneira clara e simples." E conseguimos FALAR sobre eles... expressá-los.

Namaste, que assim seja.

A prece pelo blog... rs... adorei.
Essa é INÉDITA.