18 fevereiro, 2011

Victor Hugo sobre o belo e a pessoa encantadora




Neste mundo o belo
é necessário. Há mui
poucas funções tão
importantes como esta
de ser encantadora.
Que desespero na floresta
se não houvesse o colibri!
Exalar alegrias, irradiar
venturas, possuir no meio
das coisas sombrias uma
transmutação de luz, ser
o dourado do destino,
a harmonia, a gentileza,
a graça, é favorecer-te.
A beleza basta ser bela
para fazer bem.

Há criatura que tem consigo
a magia de fascinar tudo
quanto a rodeia; às vezes
nem ela mesmo o sabe, e
é quando o prestígio é
mais poderoso;
a sua presença ilumina,
o seu contato aquece;
se ela passa,
ficas contente;
se pára, és feliz;
contemplá-la
é viver; é a aurora
com figura humana;
não faz nada, nada que
não seja estar presente,
e é quanto basta
para edenizar
o lar doméstico; de todos
os poros sai-lhe um paraíso;
é um êxtase que ela distribui
aos outros, sem mais trabalho
que o de respirar ao pé deles.
Ter um sorriso que - ninguém
sabe a razão - diminui o peso
da cadeia enorme arrastada
em comum por todos
os viventes, que queres
que te diga?
É divino.

- Victor Hugo -





Um comentário:

Kátia disse...

Um perigo eu comentar algo nesse post sem me exceder. Portanto, só um pouquinho, ok?
Pessoas encantadoras são marcantes porque são assim e pronto. Hahahahahahahahahaha, não disse nada até agora.

O pouquinho, vamos lá. A pessoa encantadora é aquela que tem uma aura de magnetismo. Feliz, muito feliz de quem passa pela vida de pessoas assim: leva o bem que deixam em sua alma pelo resto das suas vidas.
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